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DE BOCA CHEIA, Julia Salem, 2019
Concepção e direção: Julia Salem
Criação e interpretação: Carolina Campos, Elizabete Francisca, Julia Salem e Manoela Rangel
Criação de texto e colaboração dramatúrgica: Joana Levi
Residência: Fórum Dança


A construção e desconstrução de uma gestualidade social e pessoal por parte das intérpretes se dá através do uso de texto, voz e gesto em um desenvolvimento sonoro coreográfico. O ovo na boca contém implícita uma crítica a alguns modos de comunicação, nomeadamente às mensagens "ocas", vazias, ditas para não serem compreendidas; ao falar de boca cheia. Trata-se de, através do falhanço de uma uma comunicação, revelar as multivalências de gestualidades normatizadas ampliando, a partir das limitações, novas possibilidades de comunicação através do corpo, do som e da fala.
De bOca Cheia é uma célula de curta duração, onde quatro intérpretes com o ovo na boca comunicam em movimento, gestos e sons, a Declaração dos Direitos Humanos enquanto esta é projetada em audiovisual. Tanto o corpo, como a imagem sofrem, ao longo da construção dramatúrgica, a falha, o erro na sua comunicabilidade.
Depois da exibição feita na Liminar #5 na Zaratan, surgiu o interesse das artistas em desenvolver essa célula em um espetáculo de dança/performance que pudesse abarcar o texto, a voz e o gesto em um desenvolvimento coreográfico.