OUTROLADO

Criação e Performance: Carolina Campos e Márcia Lança
Música: Cigarra
Apoio à criação: Daniel Pizamiglio
Desenho e Direcção Técnica: Letícia Skrycky
Direção de Produção: Lysandra Domingues
Colaboração técnica nas residências: Santiago Tricot
Captação e edição de vídeo: Rafael Frazão
Produção: VAGAR
Residências artísticas: DeVIR/CAPa, Pólo Cultural Gaivotas, Espaço Alkantara, Estúdios Victor Córdon, Espai nyamnyam
Estreia: CITEMOR
Apoios: Fundação Calouste Gulbenkian e DGArtes

(David volta)
NADA DAQUILO ERA MENTIRA
(Ana é Fernanda e é Carlos e Carla e Carla e Carlos)
(BLACKOUT)
Ela tinha certeza de que estavam no meio de uma floresta quente e molhada mas precisava confirmar se o novo carregamento de homens já estava no porto. Ninguém escutava o grupo de vozes que estavam dentro da cabeça dela. Um grupo de cantoras que tinham começado um movimento retaguardista a partir de princípios alienígenas contemporâneos. Fazia uns 3 séculos e meio que esse movimento tinha encontrado buracos onde enfiar os seus rastos e conectá-los a uma infra-estrutura provisória de alto relevo. Haviam poucas assim. Elas tinham encontrado uma das poucas que ainda tinha energia suficiente para abarcar uma dimensão idealística daquela espécie

FIM

(excerto do texto escrito ao vivo por Carolina Campos e Márcia Lança na apresentação do dia 07.09.2021)

OUTRO LADO É UM DIA são gestos que não param de acabar, várias ações que começam e terminam, palavras, frases, situações apanhadas no meio. Uma peça que parte de um texto escrito em tempo real onde se imaginam futuros a partir de um presente distópico que parece ficção. Em OUTRO LADO É UM DIA, verdade e mentira se tocam e se confundem, o tempo não é linear, é um emaranhado de tempos e situações que não param de terminar e recomeçar.